VIVENDO A LOGÍSTICA

ONDE ESTUDAR LOGÍSTICA

A formação profissional da nossa área de Logística continua muita a desejar, ainda há dificuldade de se fazer uma boa seleção, não no aspecto de talento, que hoje é requisito importantíssimo, mas principalmente na competência. Há uma proliferação de cursos nesta área, porém permanece a ainda baixa qualidade.

Nesta edição colocamos à sua disposição uma ampla matéria sobre o tema acima, publicada na Revista LOGÍSTICA MODERNA Nº55 em Março/98.

Boa Leitura!

Onde Estudar Logística

J.G. Vantine


PONTO DE VISTA

INFRA-ESTRUTURA: OS GOVERNOS PROMETEM, PASSAM E…

Sim, mas as obras ficam e muitas necessidades permanecem.

A história do Brasil e, especialmente a de São Paulo, tem muitos exemplos de como as obras civis são tratadas neste país: Obras inacabadas, de construção lenta com prazos e preços superiores ao orçamento, aquelas que não saíram do papel e já foram pagas, as que padecem da falta de manutenção, as que “chegaram” com décadas depois de projetadas, portanto aquém das necessidades atuais, e aquelas que são lembradas em períodos eleitorais. Isto não é uma crítica a qualquer partido, governo ou candidato especificamente, mas uma constatação do que pode ter acontecido com qualquer um deles.

Hoje, mais do que nunca na história desde país, a Região Metropolitana da Grande São Paulo, e especialmente a capital deste estado é objeto de atenção no que se refere às dificuldades de mobilidade e as ações da prefeitura para modificar o cenário. Em contrapartida, os candidatos em geral, da oposição e situação, acenam com idéias e “projetos” que soam como música aos nossos ouvidos, mas que reflete açodamento e oportunismo. Tomemos como exemplo, a marginal do Tietê, hoje é palco de congestionamentos mais fortes e recorrentes do que registrávamos com preocupação há mais de 15 anos. Uma via importante que, talvez, algum dia, poderá ser aliviada pela construção de um chamado tramo norte do Anel rodoviário, que muitos duvidam que saia do papel, dado as muitas dificuldades e restrições em seu traçado, apesar de projetado. Entretanto, não há projetos para solução da marginal. Recorrendo à história, o próprio planejamento da marginal deixou a desejar, considerando a dinâmica de crescimento da região e outros fatores de planejamento estratégico. Agora acenam com a possibilidade de um “remendo”: uma supervia aproveitando a superfície do rio, semelhante ao que foi feito no Tamanduateí. Mas isto é uma solução, um sonho de verão, digo eleição?

Disseram há algumas décadas que São Paulo precisa parar! Ou será que precisamos ajudar a São Paulo ser maior e mais humano? Parar significa estagnação, acomodação à situação, transferência de responsabilidade! Entendo que precisamos de planos estratégicos para a região, se não podemos fazê-los para o país. Um plano suprapartidário, nem de governo, nem de partidos, nem de nomes. Não precisamos de “salvadores da pátria”, nem de “amigos do rei”; precisamos do engajamento da sociedade como entidades de classe, universidades e até de políticos.

Sem um plano estratégico de crescimento, São Paulo pode parar, porque não consegue andar e nem crescer. Paramos os caminhões, os automóveis, depois as pessoas, estas pela falta de transporte coletivo. Os custos de mobilidade aumentam, a cidade fica mais cara, menos humana e as pessoas continuam indo embora. Assim, São Paulo poderá parar!!!

J.G. Vantine

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