VIVENDO A LOGÍSTICA

LOGÍSTICA EM EXPANSÃO

Construindo a história da Logística publicamos nesta edição um artigo de uma revista editada pela Associação da Indústria de Águas Minerais em sua edição de maio/97, mostrando a preocupação do setor com assunto que eles desconheciam inteiramente, mas já reconhecendo sua importância para o futuro.

Artigo Revista Água

J.G.Vantine


PONTO DE VISTA

UMA REFLEXÃO: ETANOL, ECANOL OU EMILHOL

Vai longe o tempo em que o Brasil desenvolveu e implantou o pró-álcool, numa época em que nem se falava em proteção ambiental. Era uma questão de sobrevivência pela nossa deficiência na produção do petróleo, quando da sua primeira grande crise deflagrada pelo OPEP.

Tanto a indústria de álcool, aí incluída a produção agrícola e industrial, bem como a indústria de motores, trouxe o Brasil para o mais alto patamar da tecnologia, chegando a criar o motor multi combustível, e assistimos agora a uma insana discussão muito mais hipócrita do que lógica, com o argumento de que a produção de álcool trará um irreversível problema na produção de alimentos. Isso é uma falácia do interesse econômico dos países desenvolvidos, que como sempre criam barreiras no desenvolvimento dos países pobres.

O território brasileiro possui 850 milhões de hectares, dos quais cerca de 40% é considerável “terra arável”, e destas apenas 20% atualmente é utilizada para plantação, e apenas 1% do total das terras aráveis é utilizada para plantação de cana para produção do Etanol (Ecanol). E mais: no Brasil cada hectare plantado de cana produz 7.500 litros de álcool.

Por outro lado, capitaneando os países que condenam a produção do Etanol, os EUA possuem um território de 800 milhões de hectares do qual menos de 40% é terra arável, e destas 65% já é plantada e do total da terra arável 3,7% é utilizada para plantação de milho para produção do Etanol (Emilhol). E mais: para cada hectare plantado de milho são produzidos 3.000 litros de Etanol.

Não defendo apenas nossos soberanos interesses brasileiros, mas ao condenar essa conhecida prepotência dos países ricos, devemos ficar atentos para o planejamento de longo prazo, no qual a frota de caminhões certamente terá como fonte de energia motora não mais o Diesel, mas possivelmente o Etanol, e eventualmente o Biodiesel.

E isso afetará a Logística do futuro.

J.G. Vantine

 

P.S. Na linha da preservação ambiental, segundo dados da União da Indústria de Cana de Açúcar, só no estado de São Paulo a biomassa da cana (bagaço e palha), antes poluidora, permitirá em breve a geração de energia elétrica equivalente a uma Itaipu.

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