VIVENDO A LOGÍSTICA

INFORMATIZAR PARA OBTER MELHOR DESEMPENHO LOGÍSTICO

Nesta edição iremos disponibilizar a você leitor, uma entrevista publicada na Revista Gôndola Janeiro de 1999, focando um cenário geral da Logística, visando as alianças estratégicas, a tecnologia da informação, as mudanças dos últimos anos da Logística no setor supermercadista, operadores logísticos, entre outros.

Leia e confira a entrevista no link abaixo!

Entrevista Revista GÔNDOLA


PONTO DE VISTA

A LOGÍSTICA NO ATACADO

Representando 53% das vendas do varejo com mais 900 mil pontos atendidos e um faturamento em 2007 R$106 bilhões, o segmento conhecido como “Atacado”, anteriormente visto como uma função meramente intermediária entre a indústria e o pequeno varejo, hoje representa o mais importante canal de vendas, não apenas pela sua magnitude, mas principalmente pela extensão territorial de abrangência, e sendo, portanto, hoje integrado a estratégia Logística das indústrias.

O setor atacadista possui hoje cerca de 5 milhões de m2 para armazenagem de produtos secos, 200 mil m2 de armazenagem para produtos frigorificados, e emprega quase 1 milhão de pessoas e opera cerca 70 mil veículos para entrega.

Não é exagero dizer que o setor atacadista atinge todos os municípios brasileiros, sendo, portanto, o segmento da economia com mais alta capilaridade, razão porque disse que o Atacado chega aonde a indústria não consegue. Acompanhando o crescimento da sua importância na Economia e também na Logística, o setor hoje extremamente organizado classifica-se em: Atacadista-Distribuidor; Distribuidor Exclusivo; Distribuidor Especializado por Categoria; Atacadista de Balcão; Atacadista de Auto Serviço; Broker; e Operador Logístico. Vem crescendo também outro formato para o qual até mesmo foi criado um neologismo “Atacarejo”, que significa uma espécie de fusão conceitual do atacado e o varejo convencional. Dentro destas categorias destacam-se empresas de grande porte, sendo que no ranking da ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, no formato Atacadista-Distribuidor, o MARTINS com faturamento de R$3,4 bilhões, e no setor de Auto Serviço, o MAKRO com faturamento de R$4,5 bilhões (poderão ser encontrados detalhes do ranking através do site www.abad.com.br).

Sobre o foco um pouco mais técnico, o setor Atacadista responde por cerca de 40% das vendas das indústrias, se não existisse esse canal de distribuição seria fatal para as indústrias, não apenas porque teriam as vendas reduzidas, e também certamente porque outros produtos estariam ausentes em cerca de 60% dos pontos de vendas em todo país.

Leve-se em conta também que, este preço de venda inferior não deve ser maior do que 15%, dado que a indústria precisa contabilizar os Custos Logísticos que o Atacado tem, e que na venda direta é de responsabilidade da indústria.

O setor Atacadista/Distribuidor é um grande aliado estratégico da indústria, e graças a este setor a grande massa da população brasileira tem acesso aos produtos nos mais distantes rincões, e posso dizer com segurança que onde existe habitante, existe uma mercearia, e onde existe mercearia está lá o Atacado.

Portanto, o Atacado, mais do que um parceiro estratégico da indústria é o eficiente braço da operação Logística.

J.G.VANTINE
Diretor Geral
VANTINE SOLUTIONS
www.vantine.com.br

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