VIVENDO A LOGÍSTICA

Conforme dissemos na última edição, nesta época começou a nascer o PBR, fato histórico que merece atenção porque ele mudou a operação logística no Brasil.Fui o idealizador e mentor de todo o processo, e a seguir, contaremos passo a passo os fatos mais importantes.

O palete Padrão Brasil – PBR nasceu numa iniciativa nossa dentro da ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) em 1988 quando criamos o GPD (Grupo de Palete de Distribuição) que desenvolveu durante dois anos 16 diferentes projetos de paletes até chegar no modelo denominado PBR.

Naquela oportunidade, eu já era consultor de logística da entidade que tinha como coordenador do Comitê de Logística o Sr. Paulo Lima, ainda hoje diretor do Grupo Pão de Açúcar. Dentro da visão sistêmica, convidamos entidades diretamente ligadas na cadeia de abastecimento no varejo, além da ABRAS:ABIA (Associação Brasileira de Indústria de Alimentos) representada por Amélio Fabrão Fabro e Mário Soares (ambos da Nestlè);ABIPLA (Associação Brasileira das Indústrias da Higiene e Limpeza) representada por Rubens Brambilla e Heleno Verucci (ambos da ex-Gessy Lever hoje Unilever) e Nilson Daros (da BOMBRIL); NTC&L (Associação Nacional de Transporte de Cargas e Logística) representada por Rejane Arinos (representando a ex-transportadora Dom Vital); ABRAPEM(Associação Brasileira dos Produtos e Embalagens de Madeira) representada por Vasco Flandoli e Giovana Rosa; IBF (Instituto Brasileiro do Frio) representado por Dário José da Silva e, como órgão certificador, o IPT(Instituto de Pesquisas Tecnológicas – Divisão de Madeiras), representado por Luis Tadashi.

Aguarde a seqüência nas próximas edições.


PONTO DE VISTA

PRÊMIO VOLVO : METODOLOGIA CEL/COPPEAD DEIXA A DESEJAR.

Conforme a edição 34 do VANTINEWS no dia 17/11/04, foi realizada a cerimônia de entrega do PRÊMIO VOLVO de 2005. Trata-se de uma iniciativa e promoção da conceituada e respeitada revista Tecnologística. Noentanto, a metodologia utilizada e apresentada pelo CEL/COPPEAD foi bastante criticada por vários profissionais presentes à cerimônia, inclusive alguns deles nos procuraram para relatar que nenhum dos seus clientes havia sido consultado.

Coloca-se aí, portanto, uma questão a ser esclarecida, pois a base da amostra foi a relação dos 500 maiores e melhores da revistaExame tendo a coleta sido realizada no período de 14 à 25/10, e algumas conclusões são intrigantes como:

Tempo médio de atuação no mercado: 13 anos que correspondia a 1991, e sabemos pela história que nesta época no Brasil existia a extinta Brasildocks, a DDF (atual DHL), aColumbia (ainda como armazém geral).

Receita Média: 520 milhões de reais. Ora, como pode este valor ser extrapolado para o total de operadores logísticos relacionados na própria edição da Tecnologística (anuário de operadores logísticos)?

Do total de 12 empresas premiadas, metade é operador de transporte. Afinal, qual o critério para definir o que é um prestador de serviço logístico? Se for para generalizar, então deveriam ser incluídos setores como tecnologia da informação, agentes de carga, companhias marítimas, companhias aéreas, consultorias, etc.

83% dos entrevistados indicaram como serviço prestado o “Milk Run”, o que evidencia absoluta concentração no segmento automobilístico, que é onde se concentra esse tipo de operação. E as outras importantes cadeias produtivas como indústria alimentícia, indústria de higiene e limpeza, perfumaria, farmacêutica, eletro-eletrônico, vestuário, calçados, editorial, etc..

Ademais, entende-se a lista da Exame como uma amostra viciada, tendo em vista que a maioria da empresas multinacionais não tem permissão da matriz para publicar balanços no Brasil, o que as impede de responder ao questionário e participar do anuário. Talvez a idéia do CEL/COPPEAD estivesse mais próxima do método “TOP OF MIND”, o que certamente não é a visão de seriedade contida na estratégia da revista Tecnologística.

Recomendamos, portanto, uma reflexão de forma que o PRÊMIO VOLVO fortifique-se com uma referência criteriosa e justa, uma fotografia do ranking dos melhores prestadores de serviço em logística no Brasil. Uma possibilidade seria a criação de categorias (Transportador Rodoviário, Operador Logístico, etc.). Outra sugestão seria a consulta à lista de embarcadores clientes dos diversos operadores.

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