VIVENDO A LOGÍSTICA

A HISTÓRIA CONTINUA…

Como vocês puderam acompanhar, na edição 44 iniciamos a história vivida durante o Mega Evento LOGISTECH , na qual tivemos vários depoimentos de pessoas ilustres, como: Yassuo Imai, Tarcisio Gargioni, Carlos Alberto Júlio, Michel Alaby que estiveram lá e marcaram sua presença.

Vimos também que este Mega Evento teve sua magnitude e importância, que fora realizado em 1988, época em que a Logística no conceito atual estava apenas nascendo . E ainda durante este mesmo evento e mesmo cenário, tive a iniciativa de reunir um grupo de profissionais para além de criar uma Associação, estabelecer parâmetros da Logística, trazendo a estes profissionais minha vivência e experiência na Europa.

Diante deste cenário, onde a Logística ainda era uma ciência em fase inicial , resolvemos na edição 55 à 77, iniciar uma série de artigos de minha autoria publicadas no Jornal “O Estado de São Paulo”, dando a possibilidade à você leitor, de ter a visão do cenário da época e comparar com a Logística que se pratica atualmente.

Agora, vamos retomar a história que teve como resultado a FUNDAÇÃO da ASLOG , na qual teve a participação de profissionais pioneiros, que possibilitaram a troca de experiências técnicas e cases prático, vivenciados nas empresas que representaram . E aqui o depoimento de um profissional de alto nível , que participou do grupo e com certeza deu sua contribuição , meu amigo Paulo Lima, Diretor do Grupo Pão-de-Açúcar:

“A ASLOG significou um divisor de água no processo logístico do Brasil, movimentação física e logística. Saindo do Aspecto físico para o processo de distribuição, para o Pão de açúcar foi a continuidade que estava sendo elaborado e realizado”

Continuamos na próxima edição!


PONTO DE VISTA

INFRA-ESTRUTURA: PRIORIDADE DE INVESTIMENTO

Todos viram nos jornais da última semana, a visita do Presidente Lula ao Presidente do Peru, o investimento de US$850 milhões para a implantação da denominada RODOVIA VIA OCEANICA ,em tese ligando o Oceano Atlântico ao Pacífico através de uma rota que utilizará o Rio Amazonas, o Rio Madeira até o Acre, e do Acre em estrada de mais ou menos 800 km até o Porto de Ilo no Peru, atravessando a selva Amazônica brasileira e peruana .

Não negamos que é necessária a integração regional no norte da América do Sul , e nem mesmo o interesse do Amazonas para escoamento dos produtos industrializados, bem como para importação de produtos da Ásia .

Mas o cenário de um país que não tem recursos para expansão da malha rodoviária brasileira, não tem recurso para manutenção das rodovias que estão em péssimo estado, e mesmo considerando que a região de Manaus não tem recursos para construção de um Super Porto de PECOM para uma região fundamental na Logística Internacionalque produz e vende mais de US$12 bilhões por ano, e importa mais de US$3 bilhões de mercadorias, e necessita deste tipo de investimento. Isto sem contar a necessidade da implantação de um porto fluvial de alta produtividade tanto em Manaus como em Belém, bem como a implantação definitiva do denominado EIZOF – Entreposto da Zona Franca de Manaus .

Tudo é uma questão de visão estratégica e planejamento com priorização de investimento, pois o Brasil não está em condições de olhar o passado e investir em integrações regionais para desenvolvimento, pois isso só é possível quando as questões acima, necessárias para o crescimento existente, estiverem concluídas.

J.G.Vantine