VIVENDO A LOGÍSTICA

LOGÍSTICA DISRUPTIVA MAS COM RUPTURAS

VIDEO354Desde minhas primeiras experiências internacionais em busca de conhecimento, entendi que a sustentabilidade da Cadeia Produtiva seria dada com o foco de “Cadeia Logística”, ou “Logística Integrada” (1986). Um tripé fundamental e estimulante formado por: PROCESSOS – TECNOLOGIA – PESSOAS.

A tecnologia evoluiu, principalmente com os sistemas integrados. Os processos caminhavam para evolução, mas ultimamente tem sofrido muitas interferências com o uso inadequado de ferramentas inspiradas no TPS dos anos 70 / 80.

E por final o fator humano que atualmente combinam três distintas gerações atuando ao mesmo tempo na gerencia e na gestão da Cadeia de Abastecimento (Supply Chain Management).


PONTO DE VISTA

RELAÇÃO FORNECEDOR – CLIENTE ATRAVÉS DA LOGÍSTICA

 

Já nos primórdios da logística as empresas perceberam que os produtos fabricados por elas, deveriam atender prioritariamente os desejos dos clientes, tanto em termos de qualidade como de forma quantitativa, no instante em que são necessários e dos locais onde existem essas demandas.

Assim, inicia-se um relacionamento entre empresas/clientes no qual as primeiras procuram atender da melhor maneira possível os desejos dos consumidores. Nesse sentido, são providenciados serviços ou atividades logísticas para colocar os produtos onde os usuários necessitam, quando eles são necessários, na quantidade e forma desejada e ao menor custo possível.

Desenham-se então as cadeias de distribuição entre as fábricas e os consumidores finais. Essas cadeias envolvem intermediários que estocam o produto acabado (varejistas, atacadistas, centros de distribuição) antes que ele seja colocado em disponibilidade ao usuário final. As atividades logísticas entre a fábrica e o consumidor envolvem principalmente a armazenagem dos produtos e o transporte.

Nesse primeiro estágio, existem poucas opções de canais de distribuição e os meios disponíveis para vender e entregar o produto aos usuários não são muito variados. De fato, até este momento, o produto saía da fábrica, passava quase que obrigatoriamente por um intermediário e era vendido e transportado de maneira convencional (não existiam por exemplo, transporte expresso, empresas especializadas em pequenos pacotes, e outros serviços mais particulares como a venda por catálogo ou por televisão). Procura-se assim, dirigir os serviços logísticos de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores.

As empresas voltam suas atenções à melhoria do serviço logístico oferecido ao cliente, incrementando o serviço de entregas (transporte mais rápido e confiável), tornando o produto mais disponível (pontos de estoque intermediários na cadeia).

Vale também ressaltar que essa melhoria do serviço logístico busca igualmente a redução dos estoques na empresa produtora, que com a introdução de agentes intermediários na cadeia de distribuição procura repassar uma parte de seus custos crescentes relativos à armazenagem de produtos, a um terceiro. Com a introdução de um terceiro na cadeia, tenta-se ao mesmo tempo reduzir os estoques, tanto da empresa produtora como dos pontos de venda e do consumidor, deixando para o intermediário a tarefa de manter produtos estocados numa quantidade que permita uma produção constante e contínua e ofereça boa disponibilidade dos produtos para os consumidores.

Surgem então as centrais de distribuição, as organizações de varejistas, os serviços de transporte especializado, os diferentes tipos de vendas de produtos; utilizam-se programas computadorizados para planejar a distribuição (DRP – “Distribution Requirements Planning”), e são desenvolvidos sistemas de informações para proporcionar contatos mais rápidos e eficientes entre os atores do canal logístico. São criadas novas maneiras de tratar os clientes integrando-os efetivamente à cadeia de distribuição.

Por fim, essa integração do cliente à cadeia é originada por suas próprias exigências, pois na verdade, o cliente quer cada vez mais: melhor serviço de entregas, mais disponibilidade, mais qualidade e maior escolha.

 

Daniel Vantine

Vantine Consulting

 

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