VIVENDO A LOGÍSTICA

SISTEMA LOGÍSTICO

Em 1992 publiquei uma série seqüencial de artigos sobre o tema SISTEMA LOGÍSTICO, no jornal do Estado de São Paulo.

A partir desta edição, você terá oportunidade de ter a cada semana um artigo, e ao final terá a coletânea completa.

Sistema Logístico – Parte IV

J.G. Vantine.


PONTO DE VISTA

MERCÚRIO: FATO ISOLADO OU TENDÊNCIA?

Foi amplamente divulgada pela mídia, há alguns dias, a compra da EXPRESSO MERCÚRIO pela CEVA LOGISTICS (TNT). Foi surpresa para todo o mercado, pois a tradicional empresa, fundada e comanda pela família Fração, sempre esteve entre as primeiras em faturamento, rentabilidade e qualidade de serviços. A surpresa foi ainda maior, pois, antes do anúncio oficial, o mercado não teve nenhuma informação, ou seja, as negociações transcorreram de maneira altamente sigilosa e profissional. Discutem-se, no mercado, as razões que levaram a família Fração a vender a EXPRESSO MERCÚRIO; o mercado também questiona os interesses da CEVA LOGISTICS (TNT), as razões desta aquisição.

Na minha opinião, a família Fração entendeu ser esta a melhor alternativa para a solução da “sucessão familiar”, questão típica e inevitável das empresas familiares que atingem a maturidade (o maior exemplo do cenário brasileiro foram a família Diniz e o Grupo Pão de Açúcar). Pelo lado da CEVA LOGISTICS (TNT), minha opinião é que ela comprou uma marca de prestígio, uma ótima carteira de clientes e de altíssima especialização na rica região Sul. Acredito que, em pequeno espaço de tempo, a CEVA LOGISTICS (TNT) deverá transferir o ativo formado por veículos e agregados – este deverá sair de suas mãos para algum grupo de investimento, porque isso configura o mais atual modelo de operação logística.

Acredito ainda que o caso EXPRESSO MERCÚRIO não seja um fato isolado, até mesmo pelo olhar atento do mundo empresarial contemporâneo – afinal, fusões e aquisições fazem parte do dia-a-dia desde a metade da década de 90, em todos os segmentos e em toda a parte do mundo.

Eu, como analista, espero que as “EMPRESAS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGAS – CLASSE A” façam seus estudos estratégicos para verificar a viabilidade de fusões. É POSSÍVEL SER GRANDE E COMPETITIVO SEM SER COMPRADO POR MULTINACIONAL.

J.G.VANTINE