VIVENDO A LOGÍSTICA

1º. CLIENTE E CASE DE SUCESSO

Criada em 15 de agosto de 1986, a VANTINE, pioneira neste setor que acaba de comemorar a maioridade da logística brasileira, teve como seu primeiro cliente a CIA. HERING, sediada em Blumenau (SC). Ali, elaboramos um projeto que teve uma configuração extremamente importante para a história de nossa atividade no país, porque enquanto começava-se a falar em Logística Integrada na Europa e nos Estados Unidos, já estávamos aplicando imediatamente este conceito na HERING.

Esta foi, portanto, a primeira empresa brasileira a instituir uma Diretoria de Logística Integrada, comandada à época por Carlos Schmidt. Esta diretoria englobava três grandes processos antes dispersos: o de suprimentos, incluindo planejamento de compras, gerenciamento de almoxarifados, movimentação interna e abastecimento da produção; o de planejamento da produção e planejamento de distribuição; e o terceiro, de distribuição física. Este último respondia pela integração entre várias fábricas existentes e pelo controle e operação das dezenas de faccionistas (costureiras autônomas contratadas pela indústria têxtil e que demandam uma grande operação logística de entrega de materiais e recolhimento de peças confeccionadas). A distribuição física envolvia ainda a operação da central de distribuição e o gerenciamento de transporte. Eram todos processos relacionados ao conceito de Logística Integrada.

Os ganhos obtidos na época foram, principalmente, na redução do estoque e do prazo de entrega, o que, conseqüentemente, reduziu custos e aumentou a satisfação do cliente.

“A VANTINE, através do seu fundador, foi a responsável pelo conceito de logística que a HERING desenvolveu e que perdura até hoje. Este trabalho nos trouxe resultados contínuos em termos de integração da cadeia e uma visão da logística como serviço ao cliente. Esta definição agora faz parte da cultura da empresa. O José Geraldo Vantine teve um papel fundamental num momento importante para a evolução da HERING. Não seria demais dizer que ele é o pai do conceito moderno de logística no Brasil. Quando se fala em logística, o nome VANTINE aflora imediatamente como referencial”, afirma Ronaldo Loos, que em 1986 era gerente na HERING e hoje é superintendente comercial da empresa, tendo a logística como uma das áreas sob sua direção.

A partir deste primeiro caso, a VANTINE e a HERINGfizeram mais um grande e espetacular projeto, já mostrado em edição anterior deste “Vantinews”: o Sistema Integrado de Embalagem de Transporte. Com ele, reduzimos as embalagens de transporte da empresa de aproximadamente 35 unidades para três caixas somente. O mais importante desta configuração é o fato de que, ao emitir o pedido, o próprio computador já faz um cálculo volumétrico de ocupação da embalagem e define qual é o tipo da embalagem a ser usada, configurando a máxima ocupação da caixa, o mix de produto e resultando na melhor ocupação de espaço no depósito e também durante o transporte, na relação chamada de densidade média aparente, entre preso e volume da embalagem.

Foi realmente algo tão inovador, que, para se repetir na indústria um projeto do gênero, acredito que se passaram mais de 10 anos. Casos como estes abriram o caminho para o reconhecimento público da excelência da VANTINEem elaborar a melhor solução para cada cliente. E falaremos sobre alguns deles nas próximas edições.


PONTO DE VISTA

PALETE PIRATA: O BARATO SAI CARO

O Comitê Permanente de Paletização da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados iniciou uma ofensiva para combater o uso de paletes piratas, vendidos como Paletes Padrão Brasil (PBR). Uma iniciativa louvável, que merece ampla divulgação, porque, afinal, os riscos de transportar cargas em um equipamento não certificado vão muito além dos materiais, conforme veremos.

O PBR, como já mostramos aqui, é resultado de anos de estudo para se ter uma base uniforme para movimentação e armazenagem de mercadorias em todo o país. Suas dimensões, de 1 m x 1,2 m, podem até ser copiadas, mas sua garantia de segurança não. A qualidade e a espessura da madeira utilizada, controlada pela fiscalização anual e certificação dos fabricantes do PBR original, faz a diferença entre uma operação tranqüila ou possíveis acidentes que colocam em risco não só a carga, e todo custo que isso envolve, mas, principalmente, a integridade física e mesmo a vida de quem opera.

O verdadeiro PBR pode suportar, com segurança total, até 2.400 quilos de carga, enquanto o pirata não agüenta mais que 1.400 quilos”, alerta Marcelo Canozo, presidente daABRAPALAssociação Brasileira dos Fabricantes de Paletes PBR. Já houve casos de acidentes com ferimentos de operadores. Mesmo assim, o mercado ainda não está habituado a exigir o uso do PBR certificado. Em parte porque, na cultura brasileira de hoje, imagina-se que quase tudo pode ser copiado, a um custo muito menor para o comprador e sem grandes riscos. Para um disco de música isso pode até parecer verdade (se não avaliarmos o risco de desemprego na indústria fonográfica). “Mas quando se fala em um suporte de madeira para mais de duas toneladas de carga, que serão erguidas por uma empilhadeira, o perigo é muito maior e real“, diz Canozo.

O CPP já identificou cerca de 10 fábricas que vendem o PBR falsificado. Como não pagam os royalties pela certificação e controle de um produto de qualidade, podem vender mais barato. Mas quem compra este tipo de produto, além de correr riscos, os transfere para todas as empresas e empregados que utilizarem o equipamento ao longo da cadeia logística.

Felizmente, grandes redes de supermercados, comoCarrefour e CBD (Companhia Brasileira de Distribuição – Pão de Açúcar, Extra e Barateiro/Compre Bem) não aceitam produtos que não estejam paletizados em PBR originais. Mas ainda há muito a avançar. Hoje 60% dos produtos comercializados no varejo circulam em paletes, que, em muitos casos, ainda são de origem irregular. Segundo Marcelo Canozo, dos 7 milhões de paletes PBR em circulação hoje no país, cerca de 1,5 milhão não contam com o certificado de origem.

Para usar a marca PBR, as fábricas precisam passar por uma rigorosa inspeção junto ao IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). E outra vantagem dos Paletes Padrão Brasil é a vida útil mais longa, de três anos, o dobro da duração de um produto falso – sem contar que há PBR circulando há dez anos em boas condições. Enfim, o barato sai caro.

Para completar a seriedade do processo, os fabricantes credenciados do PBR passam por auditorias anuais e, ser for constatado que estão vendendo um produto fora das normas, perdem o direito de utilizar a marca.

Como coordenador e fundador do CPP, estou ciente da responsabilidade que temos. Recentemente, comunicamos uma grande empresa fornecedora de supermercados que ela estava encomendando 200 mil paletes de um fabricante não credenciado e que este já havia sido notificado por nós a suspender sua produção ou sofreria ação criminal. Imediatamente, a empresa suspendeu a compra. É esta conscientização do problema que queremos levar a todo país.

Aconselho, inclusive, que os supermercadistas confiram a procedência dos paletes em suas dependências, porque, se houver um acidente ali, dificilmente um fabricante irregular vai se responsabilizar.

A lista das empresas credenciadas a fornecer o PBR está disponível em nosso site www.vantine.com.br.

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