VIVENDO A LOGÍSTICA

DESENVOLVIMENTO DOS ESTUDOS


A partir do planejamento inicial, o desenvolvimento dos estudos até a efetiva implantação cumpriu ou cumprirá as etapas necessárias à definição do palete, a saber:

a) Definição do Formato – Foram estudados apenas os formatos: (800 x 1.200), (1.200 x 1.000) e (1.100 x 1.100).

O formato 800 x 1.200 foi descartado desde as primeiras avaliações porque a sua aplicação a nível mundial está restrito a apenas uma parcela do mercado europeu onde inclusive se verifica a tendência pelo formato 1.000 x 1.200. A opinião da Federação Européiade Logística é que, se agora fosse dado início do sistema paletizado, com certeza não usaria o EUR 800 x 1.200, pois o custo/unidade transportada é maior, bem como também é maior a quantidade de paletes em circulação.

O GPD optou pelo formato 1.000 x 1.200.

b) Definição da forma – Foram realizados 21 desenhos preliminares, combinando-se todas as possibilidades de formas e configurações geométrica e construtiva. O objetivo para projetar um palete com o mesmo custo, com o menor número de componentes (para reduzir custo de fabricação), adequado a todos os equipamentos de movimentação e sistemas de armazenagem. Levou-se em conta também a interface com as carroçarias de caminhões considerando-se as operações de carga/descarga pelas laterais e traseira.

Desta forma resultou em uma configuração básica com 4 entradas, face dupla não reversível.

c) Definição de capacidade: a fim de entender a maior gama possível de aplicações, foi premissa básica, a capacidade de carga em 1.500 kg.

d) Especificações básicas: Foram realizados 14 desenhos detalhados do palete definido. Em cada evolução foram construídos protótipos e realizados testes para análise de desempenho. Os detalhes foram aprimorados e nesta etapa dos estudos, praticamente já estão definidas todas as especificações básicas.

e) Análise de desempenho: Até o protótipo foram realizados apenas testes práticos de acordo com critérios definidos pelo GPD. Uma vez definidos o “014”, foram fabricados protótipos para realização de testes práticos seguindo critérios definidos pelo GPD com orientação do IPT – Divisão Madeiras, bem como para realização de ensaios de laboratório em desenvolvimento no IPT. Este é, portanto a última fase de testes e ensaios que definem o desempenho do palete, com todas as especificações detalhadas, incluindo dimensões e tipos de madeiras e métodos de fixação.

f) Definição de Material: Conforme já explicado o GPD dedicou-se aos estudos para aplicação da madeira, o que não implica que outros materiais não possam ser futuramente utilizados.

Após análises detalhadas concluiu-se que o processo de implantação do palete de distribuição deverá passar por duas fases:

Fase 1: Utilização de madeira extraída da floresta tropical nativa. Na especificação do palete não deverá constar a qualidade da madeira (os nossos são regionais e de difícil compatibilização), mas as características exigidas para gerar a performance requerida pela analise de desempenho.

Fase 2: Utilização de madeira extraída de floresta artificial (reflorestamento renovável).

Conclui-se que seriam dois tipos de madeiras. Um da família do eucalipto, provavelmente o “Eucalipto Saligna” e o outro da família do pinus, provavelmente o “Pinus Elliotti” ou “Pinus Oocarpa”. Devido a grande complexidade do tema, devera’caber à ABPM a conclusão dos estudos uma vez que devem ser analisados aspectos econômicos, estratégicos, técnicos e ecológicos.

g) Normas de Especificação: Após a conclusão da fase final de testes e ensaios, será executada a norma de especificação, que por decisão do GPDserá de responsabilidade e terá a chancela do IPT devido à sua devida credibilidade técnica e eficiência operacional. O IPT está credenciado peloCONMETRO/ INMETRO para o desempenho desta atividade. Entendimentos neste sentido já estão em desenvolvimento. .

h) Normas de certificação: Da mesma forma serão realizadas pelo IPT. As realizações destas normas serão necessárias para a certificação e credenciamento dos fabricantes de paletes. Os fabricantes credenciados pelos IPT produzirão os paletes de distribuição com o “Certificado de Qualificação”, a exemplo do que ocorre na França, onde os fabricantes são credenciados pela AFNOR. Simultaneamente a estas etapas, será apresentada a criação da “Associação Brasileira de Fabricantes de Paletes”conforme já disentido com o APBM e a exemplo do que ocorre nos países onde o palete é certificado.


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PONTO DE VISTA

NOTÍCIA BOA NÃO VENDE

Você já percebeu obviamente que sem explicação lógica “Notícia Ruim” vende mais que “Notícia Boa”.

Estamos iniciando 2005 e os jornais do último dia 12 deram diferentes manchetes para o mesmo fato econômico de grande magnitude: A produção Industrial em 2004, que para a Folha de São Paulo: A Produção Industrial cai 0,4% em Novembro/04;Para O Estado de São Paulo: Produção Industrial tem maior Crescimento dos Últimos 18 Anos: 8,1%.

Para um país como nosso tão suscetível as interveniências macro econômicas para as empresas e como também para os mais humildes consumidores, o poder da imprensa tem um papel essencial para a real economia, e porque não também no estado de espírito do cidadão.

O fato é que para nós da área de Logística, sabemos que o crescimento de 2004 foi relevante, e que a expectativa para 2005, segundo o Presidente Lula,deverá ser de 5% do PIB o que equivale aproximadamente a 8% sobre o crescimento de 2003. Isto significa mais produção, mais consumo, e certamente um crescimento acima de 10% nas atividades de transporte, movimentação e armazenagem de matérias-prima e produtos em toda cadeia logística.

Não tem lado ruim nesta expectativa, devemos olhar com firmeza positiva até mesmo as questões de infra-estrutura, pois embora não seja a salvação, a aprovação da Lei do PPP no apagar das luzes de 2004, já movimenta as grandes empreiteiras, bancos, operadores logísticos e capital internacional.

Para a Logística, 2005 deverá ser um ano de muita atividade e por isso deve ser manejada com seriedade e competência.

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