VIVENDO A LOGÍSTICA

EUROLOG´89 – PRIMEIRA MISSÃO INTERNACIONAL DE ESTUDOS AVANÇADOS EM LOGÍSTICA

Como você verificou em nossa última edição, encerramos a descrição das visitas técnicas que efetuamos na EUROLOG´89 – PRIMEIRA MISSÃO INTERNACIONAL DE ESTUDOS AVANÇADOS EM LOGÍSTICA , na Europa, e a partir desta edição vamos descrever asPalestras apresentadas no Seminário Técnicoexclusivo dos nossos participantes.

Os temas tratados foram os seguintes:


“A Evolução da Logística Industrial Frente a Técnica “Just-in-Time” da Manufatura” Catedrático da Escola Superior de Engenheiros Industriais de Barcelona;

“Como a Espanha se Prepara em Termos de Logística de Distribuição para Atuar no Mercado Comum da Europa de 1992”
Sr. Josep Margalef, S.A. Camp (importante  empresa de produtos químicos detergentes de grande consumo);

“A Informática Aplicada ao Sistema Logístico”
Sr.Josep Maria Riso, Presidente ICIL;

Mesa Redonda Hispano-Brasileira ;

“Custos Logísticos e Suporte de Atendimento ao Cliente”
Sr.Jacques Colson, Consultor Sênior da Iteca e Associados;

“Pallet-Pool, a Experiência da França”
Sr. M.Daniel, Gerente Geral CHEP (fabricante de containers);

Visão da Europa 1992;

“Requisitos para Minimização de Custos de Transporte, a Experiência  da Philips” Sr.J.Backermans, Gerente de Transportes Ferroviários/ Rodoviários.

Na próxima edição faremos o detalhamento de cada um dos conteúdos técnicos.


PONTO DE VISTA

QUAL O FUTURO DA CABOTAGEM?

A Cabotagem no Brasil não é um modal muito bem explorado , quer seja pelos embarcadores, quer seja pelos prestadores de serviços desse modal de Transportes.

Nós temos hoje, operando regularmente no Brasil, três companhias de navegação fazendo a cabotagem, sendo a MERCOSUL LINE, a DOCENAVE e a ALIANÇA, com exceção daDOCENAVE , as demais representam um braço internacional de grandes armadores.

Mas na verdade, já há longos anos, eu diria que na minha experiência de 30 anos, a cabotagem sempre tentou expandir as suas atividades, além dos portos e com exceção de uma ou outra experiência, ainda não houve nada de pleno sucesso que oferecesse ao embarcador a alternativa de usar a cabotagem como uma forma de reduzir custos sem prejuízos ao nível de serviços.

Ocorre que essa cabotagem no Brasil tem se alterado, e eu foco especificamente aos meus amigos da Indústria e da Logística da região de Manaus e de Belém, que ora você tem boas freqüências, ora não tem boas freqüências, ou ora você tem dois ou três navios de companhias ancorados, ora você não tem nenhum navio, ou então, a demanda que o mercado regional precisa pra escoar quase US$15 bilhões de mercadorias para região Sul e Sudeste não dispõe de navio. Essa falta de equalização, tem cada vez mais dificultada a compreensão do profissional de Logística, em utilizar a cabotagem dentro da sua solução Logística.

E de outro lado, chamo atenção dos armadores das empresas prestadoras de serviços, que devem olhar o processo todo da operação navegação de cabotagem, verificando o que o mercado precisa e não o que ela quer fazer.

J.G.Vantine