VIVENDO A LOGÍSTICA

DISTRIBUIÇÃO URBANA: O DESAFIO

Sempre tenho afirmado que é muito fácil entender os problemas quando eles já são “passados”. Da mesma maneira, sempre tenho afirmado que “não se constrói o futuro sem a experiência do passado”.

No entanto, o mais grave é quando o presente continua apresentando os mesmos problemas do passado: E É ISSO O QUE OCORRE COM A DISTRIBUIÇÃO URBANA, neste ano 2006 muito mais crítica e de maior custo do que em 1990, quando escrevi matériapublicada no jornal “O Estado de S. Paulo” (de 10 de abril). Naquela data, já como consultor e coordenador de Logística da ABRAS – Associação Brasileira dos Supermercados, levantei a questão em paralelo aos estudos de padronização dos paletes (história ilustrada nas últimas edições).

Inicialmente, convidei a ABIA – Associação Brasileira de Indústrias Alimentícias, e a partir daí, geramos amplos estudosmas essa história fica pra depois.

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J. G. Vantine.


PONTO DE VISTA

UM PAÍS SEM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

O Brasil é um país que não tem planejamento estratégico. Somos como uma nau sem rumo, navegando ao sabor dos ventos… Enquanto nação, não conseguimos enxergar  a longo prazo, e ficamos reféns dos problemas do dia-a-dia. De modo geral, nossos governantes são grandes especialistas em má gestão e incompetência administrativa.

A conseqüência da falta de plano de futuro para o Brasil é que, no mercado internacional, estamos nos tornando, cada vez mais, uma economia essencialmente agrícola, produtora de commodities, de produtos com baixo valor agregado – enquanto isso, a China, por exemplo, com um bom planejamento estratégico, está se definindo como economia industrial. Os chineses, com visão de futuro, estão dando passos largos em sua vocação de economia industrial.

O problema da falta de planejamento estratégico para nossa economia é particularmente sério no que se refere à infra-estrutura de transportes e de comércio exterior. Na semana passada, a imprensa noticiou que a Petrobrás deverá usar parte de seu lucro para cobrir o rombo gigantesco (de quase R$ 5 bilhões) na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. Ou seja, vão usar dinheiro público para garantir os privilégios particulares de um punhado de funcionários públicos, porque um fundo de pensão foi mal administrado, dando enormes prejuízos. Paralelamente, a mesma imprensa noticiava os problemas de infra-estrutura nos Portos de Santos e Paranaguá, com filas e atrasos nos serviços portuários, acarretando sérios prejuízos para a economia nacional.

Já não estamos nem pedindo a este governo que faça um planejamento estratégico para o País. Mas que faça o mínimo: elabore, ao menos, uma diretriz para a infra-estrutura de transporte e comércio exterior. Se não puder criar essa meta com criatividade, que se socorra do bom Plano de Logística traçado pelo ministro Eliezer Baptista em 1991, durante o governo Collor.

Por falta de planejamento estratégico, o Brasil está sem rumo de futuro faz tempo. Por falta de diretriz na infra-estrutura de transporte e de comércio exterior, corremos o risco de andar para trás!

J. G. Vantine